quinta-feira, 7 de junho de 2012

os 2 anos do Panqueca


Já contei a história do Banzé e do Juquinha, mas nunca a dele, o precursor deste amor todo, o carinha que despertou em mim a necessidade de lutar por eles, o Panqueca.

Há exatos dois anos atrás o Punk chegou ao mundo. A ninhada começou a nascer às 11hs da manhã e foram 4 bebezinhos ao todo.

Nikitinha e seus bebês

O primeiro gato, pra muita gente, é a realização de um sonho. Para mim não foi diferente.

meu mini bebezinho de veludo

Desde pequena eu amava gatos, mas nunca tinha visto um gatinho cinza até que a bela Madalena, gata do meu amigo Stefan, teve uma cria com 7 filhotes – 2 deles cinzinhas, cabeçudinhos, descordenadinhos e liiiiindos.

Na época eu morava com o meu pai, era mais ou menos 2004 e eu não podia pegar um deles para mim. Foi sofrido ver todos aqueles bebêzinhos que eu conheci desde o nascimento serem doados para outras pessoas e nada pra mim...

Um dia a Keka nos contou que tinha uma gatinha muito linda e dengosinha morando no prédio dela. Tinha sido abandonada ali ou encontrou abrigo ali, mas começou a morar no jardim do prédio e algumas pessoas alimentavam a pequenina.

Uma moradora chegou a levá-la para casa, mas como ela tinha cachorro, devolveu a gatinha para o prédio pq eles não se deram bem.

A Keka não resistiu aos miadinhos e carinho dela e levou a princesinha para casa.

Mamãezinha Nikita - coisinha mais delicadinha e linda

Dias foram se passando e ela engordava, engordava...

Pois bem, a gatinha estava gravidinha e esperou a Keka voltar de viagem direitinho pra entregar seus bebês ao mundo. A Keka foi nos atualizando a cada passo dado pela gata e nascimento naquele dia. 

Panquequinha e Sapinho - companheirinhos desde pequenos

Acompanhávamos online as emoções que ela estava vivendo pessoalmente. Foi intenso para todo mundo.
Nascidos os 4 a notícia veio: um deles é cinzinha com o focinho branco. Uma lindeza!

Eu tentei evitar de ir conhecer os bebês por um tempo, pois sabia que não seria nada fácil resistir ao cinzinha. Eu tinha medo da responsabilidade, tinha medo de não conseguir mais dormir (pq moro numa kit e se o bichinho fosse noturno demais eu estaria lascada), tinha medo de não saber como cuidar, de não perceber se estava tudo bem...enfim! Coisas de marinheira de primeira viagem, né? Coisas que perdem a importância diante do amor que a gente sente por eles.

Quando fui meu coração bateu forte demais. Todos eram lindos.

Dia em que eu conheci o Panqueca - amor a primeira vista!

Eu disse que não queria nenhum. Não pegaria agora, que não dava, que isso e aquilo e fui embora.

Fiquei com saudade imediatamente e não parava de pensar nele. Pedia conselhos para todas as pessoas e tentava encontrar argumentos para não pegar o gatinho para mim.

A Keka decidiu ficar com o tigradinho, o Sapo. Ele foi menina pra gente por quase 3 meses.
Os outros 3 estavam para adoção.

Um dia eu e o Gil fomos visitá-los novamente e o tal do cinzinha simplesmente não desgrudava do Gil. Aquele tiquinho peludinho escalou o sofá até conseguir se aninhar no colo do Gil e dormir um soninho gostoso e tranquilo.

O Gil foi derretendo, derretendo e caiu na graça do bichaninho. Fomos para casa e no dia seguinte o Gil acordou, abriu os olhos e disse: “imagina aquela coisinha cinzinha andando por aqui?”.

Aquilo acabou comigo. Por um instante fechei os olhos e vi a cena. Não tinha mais jeito, ele estava adotado, mas eu queria taaaanto ele pra miiiiim...

Liguei pra Keka desesperada, fiz drama pelo face, por e-mail e levei a bronca (mto merecida): “Poxa, Meme, o gato estava disponível para vc o tempo todo e bem agora que ele foi adotado por uma amiga minha super legal vc quer ele? Vou falar pra ela vir aqui com a mente aberta, mas se ela quiser o cinzinha, é dela. Ela chegou antes”.

Eu fiquei semi morta por dentro por alguns dias, com medo que ela não aceitasse outro gatinho no lugar.
Os outros dois eram pretinhos, eu tinha certeza que ela iria preferir o cinzinha.

Era uma sexta e a menina foi na casa da Keka conhecer os filhotinhos. Ela escolheu o dela e levou o gatinho embora. A Keka me ligou e disse: “vc já pode vir buscar o seu gatinho”. Eu não sabia com qual ficaria, pois ela decidiria pessoalmente e eu ficaria com o que sobrasse. O meu sonhado cinzinha ou um pretinho fofo.
A Keka não me contou quem era o meu gatinho até eu ir conhecê-lo no sábado à noite. Imaginem a ansiedade de ter um gatinho e não saber qual é???

Quando cheguei entrei desesperada caçando com os olhos o meu nenêzinho. Encontrei o Punk dormindo em cima de uma casinha que tenho em casa até hoje. Que Felicidade eu senti!!!

A gente achava que ele era meio lesado. Ele sempre sobrava nas brincadeiras, era vagarosinho e chorava toda hora querendo atenção.

http://www.youtube.com/watch?v=Gn_tQwt8xzY - vídeo da família toda mto mini.

O gato perfeito pra morar sozinho, a gente pensava!

O nome Panqueca veio naquela mesma noite, porque ele saiu correndo e se tacou na porta de vidro de cabeça umas 2 vezes. Panqueca das ideias!!

Levei o bebê pra casa e daí em diante a vida ficou mais bonita, mais feliz e cheia de amor.

levando minha coisinha pra casa!

Eu saia para trabalhar e meu coração encolhia no momento em que fechava a porta com ele sozinho. Só voltava ao tamanho normal quando eu chegava em casa à noite e via aquela carinha de pelúcia me esperando alegremente.

O lesadinho acabou se revelando um capetinha.  Ele era muuuuuito ativo e usava com toda a força o poder das suas presinhas. Cravava os dentes sem dó em quem quer que fosse e de vez em quando ficava todo arrepiado, com as orelhas viradas de lado, encarando de baixo para cima. Ele atacava meu calcanhar, meu cotovelo, minha mão ou onde conseguisse. Não podia mais dormir com a mão para fora da cama, pq eu acordava com ele pendurado nela.

Escalava as minhas amigas, atacava as meninas de unha vermelha, era pura ignorância! Foi apelidado de Satanás, Mico (porque pula muuuuito alto e escala tudo até hoje), Tchoro (porque ele odiava um movimento que o Gil fazia com as mãos e parecia um touro indo pra cima morder) e Locomia.

Tinha até um hino:

"mordo tudo, locomia!
como tudo, locomia!
destruo a casa, locomia!
arranco seu coro, locomia!"



Com o Gil já dando indícios do comportamento feroz! 


Por outro lado era muito companheiro. A gente brincava muito quando eu chegava em casa e ele me seguia para todos os lados.

Puro charme azulão

Ele também sempre nos acompanhou para a cama no momento de deitar. Desde pequeno adora uma soneca esparramado com a gente ou deita na nossa barriga.



Aprendeu a atender quando eu gritava “Miiiiiii” e saia correndo e me esperava correr atrás dele. É assim até hoje. O único que atende!

Sempre foi muuuito inteligente e curioso. Não há lugar onde o Panqueca não chegue, nem nada que ele queira e não consiga. Ele se concentra, estuda todas as possibilidades e salta assertivo em direção ao seu objetivo.

"Mas o que é isso??"

Sempre foi esbelto. Com  porte perfeito, musculosinho, magrinho e charmoso. É até hoje também, mas descobri que é de família.

Muito sociável e receptivo, ele saia de casa para visitar o meu pai (comigo, claro), ia brincar com os gatos das amigas, ia visitar a família (Sapo e mamãe) e chegou a passar ano novo com eles.

refeição em família

Quando o Banzé chegou ele encrencou. Não achou bacana o tripa seca ocupando seu espaço e garantiu que o Banzé não ficasse na sua casinha (isso fez até eu trocar todas as casinhas recentemente). Ele pisava no teto até esmagar o Banzé lá dentro e ele ser obrigado a sair. Bateu bastante no novo irmãozinho no primeiro dia, mas no dia seguinte voltou a ser o Panqueca pimpão e já começou a brincar e fazer companhia pra ele.

Hoje eles se dão muito bem. Todos se amam, mas o Banzé, como ficou mto maior que ele, de vez em quando dá umas porradas nervosas no atletinha. Ele perde em força, mas ganha em inteligência em velocidade. Ninguém é tão ágil como ele lá em casa. O Banzé dá cabeçadas nas portas e coisas que quer abrir - força bruta total. O Punk usa patinhas. Como se fosse uma pessoa mesmo. É impressionante.

MMA

Hoje ele é um gato tranquilo, amoroso e maduro. Enquanto os outros pintam e bordam, ele assiste e dorme.
Sempre vem me receber na porta de casa. Sempre dorme no meio das minhas pernas ou num travesseiro do meu lado. Forfa minha barriga e se joga todo duro no meu colo.

capotado na tranquilidade

Ama ser escovado. É o carinho preferido dele e cuida bem dos outros. O Banzé tem bronquite. É ele começar a tossir que o Panqueca cola nele e fica olhando como quem quer dizer: “vai cara, força aí. Qualquer coisa to na sua retaguarda”.

amando o Banzé

Mais um belíssimo presente de Deus para mim. Ah! Como eu sou grata!



Que o meu meninão possa me acompanhar mais uns 20 anos nessa longa estrada da vida e que ele seja mais feliz e mais gostoso a cada dia. Pena que não estou em SP para dar atum de aniversário! :’(

Deixo vcs agora com um vídeo da última noite do Panqueca na casa da família. Pitiquitos lindos!

http://www.youtube.com/watch?v=fKy7XpBG7FM

Aproveito para mandar todo meu amor pro Sapão, o irmão delicioso do Punk. Que ele tb viva mais 20 anos com a gente nessa longa estrada da vida. Lindo, atleta e carinhoso como é. Aproveito e agradeço uma vez mais a mamãe Nikitinha, por ter me trazido um dos maiores amores que tenho hoje. Alegria e gratidão sem fim.

Sapão e mamãezinha


6 comentários:

  1. Panqueca é um fofo! Dá vontade de morder a patinha dele...rs
    Beijos

    ResponderExcluir
  2. Aaaai Meme, viajei com o seu texto... Vc escreve tão bem quanto fala... É uma delicia! Vc não sabe como é bom saber q o Panquequita vive bem e felizão. Parece q aquela cena do parto foi ontem menina... E hj, eles grandões e lindos. Temos mesmo mta sorte! Um beijo amada

    ResponderExcluir
  3. Que linda declaração de amor. O Panqueca é lindo, dá vontade de apertar e beijar muito.
    Adorei o blog.
    Beijos

    ResponderExcluir
  4. Impossível não se emocionar com seu post!
    Fiquei lendo sua estória e me identifiquei muito com ela! Também vivi algo parecido: sempre amei gatos mas, quando era pequena, minha família nunca concordou em ter um. Depois de adulta, quando finalmente tive minha própria casa, puder ver meu sonho se realizar. Quando levei a Chloe para casa (minha gatinha), chorei de alegria dentro do carro com meu marido. Seu post me fez sentir todas aquelas emoções de novo!
    Esta é a primeira vez que visito seu blog e já fiquei fã!
    Gostaria de convidá-la a conhecer o nosso também. Se puder, leia meu primeiro post onde conto um pouco da estória de como a Chloe entrou na minha vida.

    Uma ótima noite!
    Abraços

    ResponderExcluir
  5. não me canso de ler esse post...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. May, o Panqueca é lindo demais!
      Difícil imaginar que ele também já teve seus dias de onça mordedora! rsrsrs
      Obrigada pelo post. Tenho cogitado a possibilidade de ter mais um gatinho mas esta decisão deve ser tomada com responsabilidade e certeza. Por enquanto, eu e meu marido temos conversado sobre o assunto. Não chegamos a um consenso ainda, mas, quem sabe um dia a família felina não cresce?
      Beijos pra vc e seus filhotes!

      Excluir